sábado, 20 de novembro de 2010

A pensar um pouco nos corações

Hoje, nada mais nada menos, passei o dia nas nuvens. Tal como é habitual, passear o cão fazia parte das "things to do" da agenda de hoje. Dirigimo-nos até ao parque mais próximo e por lá ficámos, eu com a cabeça na lua, ele com o focinho nas ervas. Olhava para o meu cão e pensava: no que pensarás tu?
A falta de informação à cerca do cérebro humano, na minha opinião, pouca, é desconcertante. Apenas 10% do cérebro é usado. O nosso hemisfério dominante é o esquerdo (pelo menos em aproximadamente 98% dos humanos), é responsável pelo pensamento lógico e competência comunicativa enquanto que o direito é o inverso; este fica responsável pela criatividade e pensamento simbólico. Contudo isto são apenas palavras, o que dizer dos cães?
Do nada que sei sobre cérebros caninos, e por mais que digam que os animais agem por instintos, não consigo aceitar algo assim. O que dizer daquele par de olhos carinhosos que me olhava a pedir um pouco de carinho? E de cada vez que me observava a fazer algo, aquela sua "expressão" curiosa que me fazia sorrir... não creio que possa haver ser vivo sem sentimentos, apenas instintos.
Temos o bom exemplo dos gatos; grande parte das pessoas consideram estes adoráveis felinos como traiçoeiros e infiéis, mas não será mais a incapacidade de os compreender? Conheci alguém que dizia: "quem tem cão é quem não tem capacidade mental suficiente para ter um gato". Escusado será dizer que essa pessoa era uma grande apreciadora de gatos. Porém podemos ver um tanto de realização nisto: 80% das pessoas que têm cães não têm a mínima paciência para os gatos. Na minha opinião para se ter um gato é preciso ser-se atento e paciente. Um gato não vem logo a correr e a abanar a cauda mal vê uma pessoa,não confia tão cegamente como os cães num estranho. Temos que conquistar a confiança de um gato e, eu acho, o seu coração. Vejo os gatos como pessoas com uma personalidade fincada. Daisy, a minha pequena amiga tem uma personalidade um tanto solitária, gosta de ter o seu espaço, é curiosa como grande parte dos felinos, teimosa e muito esperta. Além disso, e apesar do que pessoas que a tenham conhecido digam, ela é um ser fiel e carinhoso. Tenho-a desde pequena, desde a altura em que era uma pequena bola de pêlo preta e tímida. Hoje, é uma gata bem constituída e que apenas consegue dormir junto a mim. Quando me perde mia até que eu diga o seu nome, vem ter comigo e faz-me uma pequena festa de boas vindas até se ir deitar junto a algum dos meus bonecos. De cada vez que a olho vejo como impossível a ideia de que esta amiga possa ser da forma que é apenas por instintos.
Às vezes prefiro olhar para o mundo de uma forma que para alguns pode ser estranha do que olhar para ele com a frieza que todos olham. Os nossos animais de estimação são os únicos amigos que nunca nos irão abandonar.

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